É revoltante ver como governantes eleitos, quando não podem mais se reeleger, fazem de tudo para garantir a eleição de seu vice, alguém que muitas vezes já governou por 8 anos. Isso não passa de uma tentativa descarada de manter seu grupo político no poder, garantindo a continuidade de um SISTEMA CRIADO para perpetuar cargos comissionados, assessores e contratos com empresas prestadoras de serviço que giram em torno dos mesmos interesses. Esse jogo de manipulação visa manter as mesmas pessoas no poder, sem renovação, sem espaço para novas ideias e, pior, mantendo as velhas práticas que não beneficiam o cidadão, mas sim os grupos que sempre se beneficiaram desse ciclo.
Não dá mais para engolir frases como “vocês têm que aprender a coisa chamada LITURGIA DO CARGO“. O que esse termo realmente reflete? Um comportamento de fachada, que tenta esconder a real intenção de manter o controle nas mãos de poucos, fingindo que essa “liturgia” é um sinal de responsabilidade pública. Mas, na verdade, é só uma cortina de fumaça para justificar a manutenção do status quo. Governar com ética e responsabilidade vai muito além de manter aparências ou seguir um protocolo político vazio. É sobre servir o povo, promover renovação, e não garantir que o poder continue nas mesmas mãos, sufocando qualquer chance de mudança.
Essa estratégia de se agarrar ao poder e passar o bastão para vices como se fosse uma sucessão natural só reforça a perpetuação de um sistema viciado e inchado, que não favorece o desenvolvimento real, mas apenas a proteção de interesses pessoais e de grupos. O cidadão comum, que deveria ser o foco da administração pública, acaba sendo colocado de lado em prol da manutenção de privilégios e de uma estrutura arcaica que se arrasta a cada eleição. É hora de romper com esse ciclo e buscar uma verdadeira renovação política, onde o compromisso com a sociedade esteja acima dos interesses dos mesmos grupos de sempre.