A recente crítica dirigida à candidata Cristina Graeml sobre sua fala em relação à adoção de bebês revela um evidente equívoco por parte de alguns setores da imprensa e entidades de direitos humanos. Enquanto muitos preferem focar em falas descontextualizadas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Curitiba está justamente discutindo uma política de incentivo à adoção de crianças e adolescentes de 2 a 18 anos, o que reflete uma urgência real e concreta que deveria ser o foco das atenções.
O que realmente está em pauta é a desconstrução dos paradigmas relacionados à adoção tardia e a promoção de políticas públicas que incentivem a adoção de crianças fora da faixa etária “idealizada”. Porém, ao invés de estimular esse debate, parte da mídia prefere atacar uma candidata que apenas ecoa uma preocupação amplamente discutida. É lamentável que essas vozes que deveriam estar apoiando a iniciativa de incentivar a adoção tardia estejam mais interessadas em criar narrativas que desviam do problema real.
As entidades de direitos humanos, que historicamente deveriam lutar pelas crianças em situação de vulnerabilidade, também se calam ou desviam suas atenções para narrativas políticas. Onde estão as discussões sobre o fato de que, de acordo com o Tribunal de Justiça do Paraná, 57% dos menores tutelados disponíveis para adoção não têm previsão de adoção devido à idade?
Por que não há uma pressão para que as entidades incentivem famílias a adotarem essas crianças mais velhas, que acabam sendo marginalizadas no sistema?
Cristina Graeml está levantando uma questão crucial e necessária sobre adoção e proteção de crianças e adolescentes, mas infelizmente, parte da imprensa e grupos políticos parecem mais interessados em explorar politicamente qualquer fala, desconsiderando a urgência de se discutir soluções para adoção tardia e o futuro dessas crianças. É hora de parar com as distorções e focar no que realmente importa: garantir o direito de todas as crianças a terem uma família, independentemente da idade.
A candidata à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml, tem sido alvo de críticas após uma declaração feita em uma entrevista, na qual abordou um tema delicado: a adoção de crianças por mães em situação de vulnerabilidade. Embora a fala tenha gerado reações negativas, é importante contextualizar o pensamento da candidata e entender a complexidade da questão.
Graeml não sugeriu uma medida retrógrada ou desumana, como alguns grupos e entidades de defesa dos direitos humanos estão alegando. Na realidade, a candidata trouxe à tona uma questão real e urgente: a situação de mães que, por diversos fatores, como a extrema pobreza, problemas de saúde mental, dependência química ou falta de estrutura familiar, não têm condições de criar seus filhos adequadamente. O foco da sua fala está em criar uma rede de apoio para essas mães, de modo que a adoção seja uma alternativa viável e digna, caso seja essa a melhor opção tanto para a mãe quanto para a criança.
A crítica à fala de Cristina Graeml muitas vezes desconsidera o contexto mais amplo e a proposta real, que é proteger os direitos das crianças e oferecer a elas a oportunidade de um futuro melhor. A adoção, nesse cenário, seria uma opção para garantir que essas crianças possam crescer em um ambiente estruturado, com acesso a cuidados e oportunidades que muitas vezes suas mães não conseguem oferecer. Cristina enfatizou a importância de se desconstruir o preconceito em relação à adoção tardia, especialmente de crianças e adolescentes de 2 a 18 anos, faixa etária que é muitas vezes ignorada pelos adotantes.
Comparar essa proposta ao período colonial, como alguns têm feito, é uma simplificação perigosa e desonesta. Nos dias de hoje, não se trata de abandono forçado ou preconceituoso, mas sim de buscar alternativas respeitosas e legais para garantir o bem-estar das crianças e adolescentes. A candidata está defendendo o direito dessas mães de fazerem uma escolha responsável e consciente, contando com uma rede de apoio e políticas públicas que ofereçam proteção e assistência tanto às mães quanto às crianças.
Cristina Graeml está disposta a abrir o diálogo sobre como melhorar o sistema de adoção e garantir que tanto as mães quanto as crianças recebam o apoio necessário. O foco deve ser na proteção e no bem-estar das crianças, garantindo que elas tenham a oportunidade de serem criadas em ambientes seguros e amorosos, mesmo que isso signifique recorrer à adoção em casos de extrema necessidade.