A disputa política entre homens e mulheres sempre expõe uma questão latente: a união ou desunião entre as mulheres em momentos cruciais de decisão. O que estamos vendo em Curitiba é um exemplo claro disso. Será que Pablo Marçal não estava certo quando disse que mulheres, muitas vezes, não votam em outras mulheres? Esse cenário nos leva a refletir sobre as desigualdades que, frequentemente, são reforçadas pela própria desunião entre as mulheres. Depois, não adianta reclamar sobre as oportunidades desiguais entre homens e mulheres se, na hora de apoiar uma candidata competente e corajosa, como Cristina Graeml, essa solidariedade entre elas se dissolve.
Cristina Graeml é um exemplo vivo de que as mulheres podem conquistar muito. No mês do Outubro Rosa, um período que simboliza a luta pela saúde e o empoderamento feminino, essa campanha deveria ser o símbolo da união das mulheres em torno de uma causa maior: eleger a primeira prefeita de Curitiba. Mas onde está essa união? Onde estão as vozes que deveriam ecoar juntas em apoio a uma mulher que está quebrando barreiras e desafiando um sistema que há 331 anos é dominado por homens?
A oligarquia curitibana, que há décadas governa a cidade, pode finalmente ser derrubada por uma mulher no dia 27 de outubro de 2024. Esse será um orgulho para todas as mulheres, exatamente no mês do Outubro Rosa. No entanto, Maria Vitória, ao invés de apoiar essa união, parece estar indo no caminho contrário com suas falas. Será que, se fosse a sua mãe enfrentando Eduardo Pimentel, você estaria de acordo com esse discurso? Ainda há tempo para as mulheres de Curitiba fazerem história. A cidade precisa de uma virada de chave, e essa virada pode e deve ser liderada por uma mulher. Agora é o momento de fazer história, de mostrar que a união das mulheres pode ser mais forte que qualquer sistema político enraizado.
Que as mulheres de Curitiba, especialmente neste Outubro Rosa, possam refletir sobre o poder que têm nas mãos e como a união pode transformar não só a cidade, mas todo o cenário político. Não deixem essa oportunidade passar.