homem QUE É HOMEM, Não bate em mulher

MINHA CRÔNICA:

Na terra onde a voz dos artistas ecoa em uníssono pela justiça social e pelos direitos humanos, um silêncio ensurdecedor paira sobre os corredores da mídia e dos holofotes. A notícia do espancamento do filho do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra sua esposa ecoou pelos cômodos das casas brasileiras, mas a indignação que se esperava encontrar nas vozes dos artistas e na cobertura imparcial da mídia foi abafada pelo peso da parcialidade e da omissão.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, em um ato de proteção, emitiu medidas para salvaguardar a integridade da ex-companheira de Luis Cláudio Lula da Silva. O distanciamento imposto de 200 metros e a ordem para que ele deixasse a residência compartilhada são medidas que ecoam a dor e o medo de uma mulher que ousou denunciar a violência que sofreu.

No entanto, onde estão os artistas que se erguem em defesa dos oprimidos, das vítimas de violência doméstica? Onde está a mídia que clama pela verdade e pela justiça? Suas vozes, tão altas em outros momentos, agora se calaram, afogadas pelo desconforto de enfrentar a realidade de que um ícone político e seu filho estão envolvidos em um ato tão hediondo.

A defesa, em sua retórica costumeira, rejeita as acusações, descredibilizando a voz da vítima, chamando suas palavras de “inverídicas” e “fantasiosas”. Mas a justiça não se deterá diante das artimanhas daqueles que tentam abafar a verdade com mentiras.

Enquanto a mídia parcial opta por ignorar ou minimizar o ocorrido, enquanto os artistas se escondem por trás de cortinas de conveniência, a voz das vítimas continua a clamar por justiça, por apoio, por solidariedade. E é nosso dever, como sociedade, não apenas ouvir, mas também agir. Pois a omissão diante da violência é tão condenável quanto o ato em si.

Ps. Cadê as Artistas LACRADORAS❓

Ney Ferreira